A Record TV finalmente pulou do barco de Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ), um mês e meio depois do fim de seu mandato. Para marcar o rompimento, a emissora tem adotado uma nova linha de abordagem no “Jornal da Record” e assim marca a aproximação da segunda maior rede do país com o novo governo.
O governo Lula e a empresa de Edir Macedo já tiveram um bom relacionamento, principalmente da metade do primeiro mandato em diante. Agora, a ordem é colocar no ar entrevistas exclusivas com ministros e os feitos do governo, em menos de dois meses no comando do país.
Mas, no começo do ano a emissora ainda parecia reticente. Em janeiro, a rede fez VTs falando sobre os erros do governo e ainda criticou a política econômica, que sequer foi colocada em prática naquela altura do mandato.
O time de vídeo não tem qualquer responsabilidade sobre o conteúdo levado ao ar, como se sabe. Mas, a média da população costuma atacar o mensageiro e não a mensagem propriamente dita, quando ela é inverdade. Ou seja, os profissionais de linha de frente sofrem, sempre. Esse expediente ocorre em Globo, Record TV, SBT, Band e Rede TV!
Flávio Dino, Paulo Pimenta e Welington Dias, três dos principais nomes da Esplanada dos Ministérios já apareceram na programação da Barra Funda. A ideia do canal, além de qualquer outra coisa, é recuperar o brilho do seu jornalismo, que aos poucos se tornou fosco, opaco e quase que uma assessoria de imprensa do antigo mandatário.
O processo de rebranding é liderado por Roberto Munhoz, um dos mais hábeis nomes do mercado televisivo. Munhoz é responsável pela emissora própria da rede em Brasília, capital federal.
>> Com informações do jornalista Gabriel Vaquer, em sua coluna no site Notícias da TV