A novela das nove “Vale Tudo” chega perto do fim, com as últimas semanas em tela na faixa nobre da maior emissora do país. O folhetim adaptado por Manuela Dias deve ter Celina (Malu Galli) confessando o crime maior da história para proteger a sobrinha Helena (Paola Oliveira).
O canal carioca apostou tudo nessa adaptação, para celebrar os seus 60 anos de história e atividade junto ao público, mas a história não teve aderência na principal vitrine de entretenimento do país.
A morte de Odete Roitmann é a maior catarse da trama, inclusive foi ao ar durante as festas no fim de ano lá no longínquo ano de 1988. Houve concursos culturais para que o público palpitasse quem seria o algoz da maior vilã da dramaturgia nacional. Na versão original, foi Raquel (Regina Duarte) quem se sacrificou para proteger a filha.
Na obra de Gilberto Braga, a real assassina foi Leila (Cássia Kiss) que atirou por engano, pensando ter dado cabo da vida de Maria de Fátima (Glória Pires).
Na atualização, a protagonista é defendida por Taís Araújo e deve ser apagada de mais uma importante sequência do folhetim, que se encaminha para a reta final. Dias escreve sua segunda novela, sem antes ter passado por qualquer outro horário de dramaturgia diária.
A roteirista foi promovida há seis anos, com base no sucesso atingido por “Justiça”, série dividida em temporadas e que não tem o mesmo formato de uma novela, muito menos do principal produto de entretenimento da maior emissora da América Latina.
O universo dessa releitura é tão alternativo, que há correntes nas mídias sociais falando sobre uma suposta falsa morte da personagem de Bloch. Que coisa, não é mesmo?
>> Com informações da jornalista Carla Bittencourt, em sua coluna no site de Leonardo Antônio Lima Dias.
