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Um movimento errado pode ruir com emissora

A Record TV tem um grande gargalo matinal para resolver na principal praça do país, mas para isso precisa agir com cautela e planejamento, o termo mais caro quando se fala em estratégia de televisão nos últimos anos.

O tempo do “Balanço Geral” matinal precisa ser revisto, apesar do recente fôlego criado por Eleandro Passaia que agora gravita na casa dos três pontos e consegue fazer frente ao “Primeiro Impacto”, formato popular e paupérrimo da concorrente direta.

A movimentação no jornal de Passaia pode abrir espaço para o retorno de “São Paulo No Ar”, que foi tirado do ar de maneira equivocada após a rede tirar um repórter da Globo, a peso de ouro, para comandar o informativo.

Concertada a faixa local, a emissora precisa olhar melhor para os formatos de rede, quer seja o “Fala Brasil”, ou o “Hoje Em Dia”. O telejornal de Mariana Godoy e Edu Ribeiro tem 90 minutos no ar e precisa retomar a essência, dos períodos em que teve, por exemplo, Luciana Liviero e Marcos Hummel no comando.

O espelho do informativo tem problemas, com pautas que não tem a ver com o noticiário político, vídeos de WhatsApp e roubos contra senhorinhas em São Paulo. Não conversa com o telespectador clássico do telejornal e prende a excelente dupla de âncoras num formato que nada tem a ver com suas histórias no jornalismo.

O entretenimento deve retomar o protagonismo no “Hoje Em Dia”. A revista eletrônica chega a maioridade neste ano, mas ela perdeu identidade e se transformou em uma extensão do jornal anterior, que serve apenas de ponte para a outra janela de informativos locais.

Aqui, o espelho do programa precisa também de uma revisão. Usar a experiência de César Filho em formatos abertos, como o “TV Mulher” não vai fazer mal ao programa mais longevo de entretenimento nesse horário.

Conversas com o elenco da casa, brincadeiras que rendam dinheiro ao telespectador e nos blocos finais, um giro com os principais apresentadores do “Balanço Geral”. Mas, o entretenimento precisa dominar, dar as cartas.

Entrevistas reveladoras, como foi a marca em “Os Donos Do Jogo”, pode ser uma outra saída para a revista eletrônica, que agoniza e tem dificuldade para vencer Marcos Paulo Ribeiro de Morais e seus pares.

Mas, um movimento errado pode ruir com a emissora. A rede precisa se reinventar, sim, mas não pode jogar no lixo um projeto que tem quase duas décadas no ar. Não precisa disso, apenas que as peças que nele estão sejam melhor aproveitadas e potencializadas.