A maratona solidária “Teleton” vai acontecer nos dias 8 e 9 de novembro, no primeiro fim de semana do mês. O formato existe desde o ano de 1998, foi trazido ao país pela apresentadora Hebe Camargo. Atualmente, a atração tem nas figuras de Eliana Michaelichen Bezerra e José Daniel Camilo o seu par de padrinhos.
O programa vai ao ar pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), mas reúne nomes das principais emissoras de televisão aberta do país: Globo, RECORD, Band, SBT e RedeTV! se juntam e esquecem a competição por pontos na disputa aferida pela Kantar Ibope por um dia. Canais como TV Cultura e TV Gazeta também costumam apoiar a iniciativa.
A atração anual é em benefício da Associação de Assistência A Criança com Deficiência (AACD), que está presente em boa parte do país e conta com a arrecadação do programa para a manutenção dos atendimentos em todas as unidades.
Astros e estrelas dividem o palco, muitas vezes em configurações pouco usuais, para chamar a atenção do público e fazer com que o povo de casa doe pelo menos cinco reais. Leilões com peças de famosos, jogos entre as celebridades e uma série de outras ações marcam os vinte e seis anos da iniciativa. Em 2024, a meta de arrecadação é R$ 35 milhões, com direção de Marcelo Kestenbaum.
O “Teleton” foi trazido de fora do país, a ideia original é estadunidense. A primeira adaptação na América Latina aconteceu no Chile, que tradicionalmente faz a sua maratona solidária no mesmo fim de semana da versão brasileira. A próxima edição corresponde á 26° da atração filantropa.
A faixa horária em que vai ao ar merece uma maior profundidade de discussão, porque quanto mais tempo no ar, melhor vai ser o desempenho do placar de donativos. O formato precisa ser revisto, inclusive, para não tornar o programa maçante e enfadonho.
As dinâmicas de palco precisam ser aprimoradas, assim como o roteiro. Nos últimos anos, o programa tem perdido a espontaneidade e peca por ficar preso demais ao texto que fica junto da câmera. A união de emissoras é rara, precisa ser melhor explorada, até mesmo na hora de contar as histórias de vida dos pacientes da instituição. Como é um programa longo e cheio de detalhes, o ideal seria que ele começasse logo depois do “SBT Brasil”, que é o principal jornal da emissora.
O momento final do programa, onde a improvisação deve mandar, poderia ter os padrinhos da iniciativa junto de Celso Portiolli, Marcos Mion e um outro nome de peso, liberado pela RECORD. No ano passado, a dinâmica de tortadas foi um acerto da direção.
Teleton