A Globo consegue se manter na liderança isolada em sua faixa vespertina, praticamente sem custo de produção. Mesmo lotada de reprises, a tradicional “Sessão da Tarde” registra 10,18 pontos de média em São Paulo, entre janeiro e março, conforme dados consolidados do instituto de audiência presente no país.
O canal carioca usa pouco os grandes títulos, por isso esse rendimento tão abaixo do esperado. A audiência acaba criando um enorme problema, porque as escolhas não conversam com as novelas. Para proteger a segunda reprise, inclusive, a rede lançou um bloco de jornalismo local entre a faixa de longas e a novela do “Vale A Pena Ver de Novo”.
As explicações para essa manutenção de liderança, mesmo com filmes considerados fracos, se deve à falta de concorrência. RECORD e SBT parecem inseridos em uma zona de conforto. Uma com novelas bíblicas, outra com um programa de fofocas. Ambas as produções falam com bolhas e não são capazes de entrar em disputa com a líder.
No recorte do primeiro trimestre, foram exibidos 61 filmes na primeira colocada. Pode-se dizer, inclusive, que essa liderança está no colo da emissora, mesmo sem que ela tenha feito nada para isso. O público, evidentemente, rejeita a seleção de filmes feita por Amauri Soares.
Para se ter uma ideia, nesse mesmo recorte entre janeiro e março, a RECORD aparece com 4,48 pontos, exibindo a reprise da novela “O Rico E Lázaro”. Isso quer dizer que a líder tem uma vantagem de 127,23% em relação a primeira desafiante de mercado.
Os dados de abril, até agora fazem consolidar um cenário de estagnação. Por mais que se fique em primeiro lugar, a janela mais famosa de filmes da televisão aberta não tem a mesma força de outros tempos.
>> Material formulado com base nos dados consolidados, entre os dias 01 de janeiro e 31 de março de 2025