A série brasileira “Rei da TV” humaniza a figura de Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos e sai do lugar comum quando se conta a história do dono da TVS, terceira colocada na Grande São Paulo.
A dobradinha de José Rubens Chachá e Leona Cavalli é um dos pontos altos da série. Além disso, a atuação de Roberta Gualda e Cacá Carvalho merece ser destacada.
O movimento de humanizar a figura do empresário é algo louvável, mas que não foi bem recebido pela família do animador. Talvez, tenham pensado que essa seria uma simples ode ao dono da Jequiti, mas não é assim que a banda toca.
Numa das cenas, Senor diz no seriado que administra o já SBT como se fosse uma quitanda. E ao saber que o canal seria profissionalizado, com alguns cortes de funcionários desnecessários, ele ordena que essas pessoas fossem recontratadas. Não deve ter mudado muito, uma vez que o canal convive com problemas da falta de anunciantes.
Quem banca as atrações nos intervalos são as empresas do próprio Senor, além de anúncios do Governo Federal. O seriado mostra a ideia de criação do programa “A Semana do Presidente”, como um aceno ao governo militar.
Sempre governista, a emissora jamais vai ser oposição. Dizem, que a rede é o MDB entre as emissoras de televisão aberta, pois está aberta a se posicionar junto a qualquer governo.
O seriado vai ganhar uma nova temporada. Ainda contrariada, a família Abravanel procura o concorrente da Disney, para fazer um seriado com a visão do mito e da jornada do herói. Não precisava.
Parabéns, Disney. Desconstruir mitos é um serviço de utilidade pública. Além disso, o cuidado de colocar um FALSO SD e as logos das emissoras em tela, diz muito sobre o quanto a empresa se preocupa com a finalização dos seus produtos.