O programa semanal “Domingo Espetacular” precisa de uma profunda reformulação editorial, quer no comando ou mesmo na forma como chega ao público. A revista eletrônica tem pontos interessantes, mas em muitos momentos se assemelha ao “Hora da Venenosa”, mas com um orçamento anabolizado e tempo gigante.
A repaginada vai muito além de quem apresenta. Atualmente, Sérgio Aguiar e Paloma Poeta, na impossibilidade de Carolina Ferraz estão no comando do formato mas esse não é o problema.
O melhor momento da história desse formato foi quando ele fugiu do confronto com o “Fantástico” e ele entrava no ar para concorrer com programas como “Domingão” e “Eliana”, além da aposta mais do que dobrada em jornalismo investigativo, sem necessariamente abordar as chamadas fofocas do mundo dos famosos.
A duração do programa também é exagerada, com grade mal montada, a revista ainda entrega para as grandes reportagens do “Câmera Record”. Outro ponto que precisa entrar em discussão é o tempo exíguo para as homenagens aos 70 anos da emissora paulista. Como quadro pontual, ele devia ter pelo menos meia hora, para reverenciar a própria história.
Criado por Celso Freitas, o programa ganhou peso e relevância com Paulo Henrique Amorim, Janine Borba e Fabiana Scaranzi. Neste ano, o formato chega aos 19 anos de criação e precisa se reinventar para buscar a relevância perdida nos últimos tempos.
O ponto principal é fixar uma dupla de comando e criar identidade com essa dobradinha. Depois, o horário precisa ser discutido, porque não adianta se transformar em desova de intervalos de um ponto para frente e perder para a herdeira de Silvio Santos.
