A segunda maior emissora do país paga todos os seus pecados na atual gestão de dramaturgia, isso porque a herdeira de Edir Macedo precisaria entender do riscado para dirigir uma das áreas mais caras daquela que é a maior investidora do segmento depois da Globo.
A carioca Cristiane Bezerra Cardoso Macedo assumiu a direção da dramaturgia na emissora da Barra Funda sem entender uma linha sobre o assunto, pelo simples fato de ser filha do dono da rede, Edir Macedo.
Quem teve novelas densas, com padrão de produção e texto globais nos anos de ouro, hoje se depara com dramaturgia nichada, recatada e do lar, obedecendo os preceitos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
Nada contra os dogmas religiosos, desde que eles se limitem a instituição de fé. Espalhar isso para a empresa comercial, que é a segunda maior rede do país é muito perigoso porque afugenta os telespectadores daquela que foi a fase mais afrontosa do canal.
Renegar o passado e fingir que novelas não são essencialmente como um dia foram, mostra o caminho para uma morte artística. Pelos mesmos motivos da concorrente, mas com agente causador diferente. Se uma padeceu com as crianças, a outra se refestelou em histórias bíblicas e saturou o segmento em sete anos desse tipo de produção.
As temporadas alternadas de “Reis” e “Todas As Garotas Em Mim” mostram que internamente ninguém mais entende desse meio. Ou mesmo a preterida reprise de “Luz do Sol” (2007), jogada contra o cais há dois anos e meio.
Nesse vídeo, eu falo mais sobre religião e televisão e como ambas não devem se misturar, em hipótese alguma