O sucesso estrondoso da novela turca “Força de Mulher” pode reascender um furacão de labaredas altas, isso porque a RECORD pensa em reativar o seu setor de dramaturgia contemporânea. Agora, seria o momento para tanto uma vez que a líder de audiência vive um momento de instabilidade e censura interna, como ficou evidenciado pela mão de Amauri Soares.
A segunda maior emissora do país, entretanto, precisa conter os ímpetos de Cristiane Cardoso, a herdeira de Edir Macedo Bezerra, que tem distribuído o jogo na dramaturgia do canal paulista desde os primeiros anos da virada religiosa. O último enredo sem maiores interferências da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) foi “Topíssima” (2019), com uma segunda temporada encomendada e cancelada pela direção da rede.
Para se ter uma ideia, houve cenas em que o taxista Antônio (Felipe Cunha) tinha cenas onde aparecia com o torso nu. Algo impensável nos tempos atuais, onde os dogmas de sua mantenedora parecem dirigir a dramaturgia, ainda que terceirizada.
Ainda não se sabe, entretanto, onde vai se encaixar esse horário de novelas. O canal pensa ainda em investir mais nas novelas turcas, além de manter a faixa de produtos oriundos das sagradas escrituras, investimento que perdura por nove anos.
>> Com informações do jornalista Flávio Ricco, em sua coluna Canal Um