RECORD está perdida na dramaturgia

A RECORD parece mesmo perdida quando o assunto é sua dramaturgia. Para se ter uma ideia, a novela “A Rainha da Pérsia” terá apenas trinta capítulos no ar e funciona como um dos respiros para “Reis”, que nunca entregou o prometido. 

O canal vive dias, semanas, meses e anos de desordem. A verdade é que desde o fim de “Os Dez Mandamentos” (2015), o canal quer emplacar outro grande sucesso na faixa nobre. A primeira exibição de “Gênesis” (2021), cabe lembrar, foi auxiliada por conta do período de pandemia.

A emissora coloca ainda produções inéditas no streaming errado e joga para escanteio o PlayPlus, privilegiando o famigerado UniverVídeo. No auge de sua dramaturgia, a rede da Barra Funda viveu momentos mais do que auspiciosos. Mas, a boa fase foi de 18 de outubro de 2004 até 20 de março de 2015.

Os movimentos seguintes perduram há nove anos, não parecem ter um fim. As produções consideradas contemporâneas como “Topíssima” (2019) e “Amor Sem Igual” (2020) tiveram intervenções ainda que veladas da nova direção de dramaturgia. Fora isso, os cortes que aconteceram na segunda reprise de “Chamas da Vida” (2008), transmitida em 2021 e nas exibições especiais de “Vidas Em Jogo” (2011) e “Pecado Mortal” (2013) nos anos de 2023 e 2024.

No quesito audiência, a rede segue como segunda maior do país. Quem mais colabora nessa conta é o time do jornalismo, principalmente no “Balanço Geral” de Gottino e no “Jornal Da Record”, constantemente o mais alto rendimento do canal.