A notícia não espera, nem tem hora para acontecer. O Rio de Janeiro viveu na terça-feira (29) um caos completo, coberto pela imprensa profissional. Nessas horas, o entretenimento pode esperar. Novelas foram derrubadas e a Globo fez algo inimaginável, deixou de transmitir um jogo da seleção brasileira para a praça.
O movimento da líder de audiência acontece para frear o crescimento da RECORD, que em situações como essa costuma nadar de braçada. A emissora de Edir Macedo tirou do ar o repeteco de “A Escrava Isaura” e uniu os noticiários de Tino Júnior e Ernani Alves, em uma iniciativa incomum.
Na Band, os esforços se concentraram em duas frentes. Rádio e televisão, com horas de cobertura para levar ao público informação e prestação de serviço. Até mesmo a novata TMC, que assumiu o dial da Transamérica, derrubou o “Papo de Craque 1° Edição” e deu prioridade ao factual.
O SBT foi quem mais demorou para retomar sua cobertura, logo depois do horário local foram exibidos “Maria do Bairro”, “Rubi” e parte do “Fofocalizando”. A jornalista Lívia Mendonça entrou no ar apenas às 17h30, com a segunda edição do telejornal local nesse dia onde o jornalismo pedia passagem.
Globo, RECORD e Band parecem ter maior preparo para quando algo de grande monta acontece, usando suas respectivas estruturas para levar serviço ao público. No caso da quarta colocada, a expertise de uma rede dedicada ao jornalismo no rádio pesa muito a seu favor. A Band News FM Rio emendou a programação local em um plantão.
Cabe lembrar que as demais praças das redes de televisão seguiram com suas programações normais, porque o que acontecia naquele momento era interesse do público carioca e fluminense. A televisão vai cada vez mais para o ao vivo e regionalizado, quando algo grande acontecer, naturalmente, as emissoras afiliadas das grandes redes devem ter o espaço garantido para plantão de jornalismo.



