Esse espaço de opinião tem como imagem de ilustração uma montagem feita pela pessoa talentosa que toca o perfil Epic Time Chat, que remonta os áureos tempos de futebol na segunda maior emissora do país.
Onde a emissora se perdeu no seu processo “A Caminho da Liderança”? São vários pontos que podem ser levantados, mas aqui vou me ater a dois, apenas: Falta de investimento em produtos que rendem retorno, como esporte e novelas consideradas seculares.
Com a plástica da imagem, viamos uma Record TV viva, que não tinha medo do seu passado e sabia se reinventar. Nomes de peso do jornalismo esportivo passaram pela Barra Funda nesse período, como Éder Luis e Maurício Torres.
Torres, inclusive, foi a grande face quando o canal resolveu fazer sua virada de chave e apostar em direitos esportivos, quer na parceria com a Globo, sublicenciando campeonatos, quer em voo solo, ao comprar com exclusividade o pacote olímpico Vancouver, Guadalajara e Londres.
A essência dessa emissora precisa ser retomada, com a urgência mais próxima. Não mandar equipe ao estádio, que fica DO LADO da sua sede, é no mínimo desrespeito ao produto que foi comprado com exclusividade.
O canal tem em seus quadros nomes como Mylena Ceribeli, Roberto Thomé, Lucas Pereira, Márcio Canuto e não os aproveita da melhor forma. Já era tempo de ter feito um movimento nesse sentido, para tentar recuperar o prestígio e a imagem que tinha em outra fase.
É necessário maior cuidado com o presente, sem esquecer do passado e olhar com bons olhos ao futuro, quer no jornalismo ou na dramaturgia, porque uma emissora não vive de nichos por muito tempo. Hoje, quem aposta nisso está com a grade em retalhos e lutando para não se afundar ainda mais no ostracismo e as pessoas conhecem como Rede TV!
O ponto levantado sobre logística, de não levar narrador e comentaristas ao estádio, já foi amplamente debatido por nomes como Allan Simon e Gabriel Vaquer, que tem mais propriedade do que eu para falar sobre o assunto. Mas, quando se faz do estúdio um jogo nacional, que poderia ser transmitido in loco, quem perde é o público.
Isso porque, do estádio, Lucas Pereira poderia observar o campo em seu tamanho real e levar para quem acompanha um detalhe, imagem e relato que apenas ele observaria. Ter repórteres onde o jogo ocorre é obrigação. Mas, seria obrigação também fazer esse investimento e cuidar bem de um direito exclusivo que ainda tem mais dois anos de contrato.
No fim, eu repito a pergunta do título, para quem me acompanha: Onde a Record TV se perdeu?