Na história da dramaturgia os protagonistas devem ser preservados. Isso acontece desde que o mundo é mundo, mas em tempos de terraplanismo a história de “Poliana Moça” vai conter a morte da personagem de Murilo Cézar. Isso só aconteceu, salvo melhor juízo, na primeira versão da novela “Anjo Mau” (1976).
A primeira dama da Abravanel Comunicação teve a mirabolante ideia de tirar a vida do protagonista adulto do enredo, com uma pandemia ficcticia na novela infantil da terceira colocada.
As protagonistas, via de regra, não devem morrer. A não ser que a história peça, de forma complexa e completa e no derradeiro capítulo, como ocorreu em “Alma Gêmea” (2005), onde os tipos defendidos por Priscila Fantim e Eduardo Moscovis morreram, porque fazia parte da trajetória de suas personagens desde a vida passada, quando a protagonista ainda era Luna, interpretada por Liliana Castro.
A morte de Marcelo na novela de crianças mostra a pobreza de recurso do canal paulista de três letras. uma vez que todo o desenvolvimento da trama tem foco em crianças. Ademais, há uma insensibilidade ímpar ao colocar uma pandemia na trama, mesmo quando o mundo ainda tenta se recuperar da maior crise sanitária de sua história.
Por essas e outras, a audiência da novela foi ladeira abaixo e tende a piorar com o passar do tempo. Na reta final, a novela tem apenas e tão somente 6,7 pontos de média geral, com a pior performance do filão em dez anos de história.
>> Com informações de Gabriel Farac, em seu site de monitoramento.