A dramaturgia brasileira versa quase sempre sobre preservar a vida de protagonistas dos enredos produzidos, salvo raras exceções em que o falecimento faz parte do enredo, como ocorre em histórias espiritualistas, por exemplo.
O falecimento da personagem Marcelo (Murilo Cézar) parece ser mais um surto de quem criou o enredo, para tentar chamar a atenção do público. A morte, entretanto, não mudou os números da história, exibida no horário nobre da terceira maior emissora do país.
A reprise de “As Aventuras de Poliana” foi iniciada há quatro semanas. O enredo tem mudanças de elenco, mas nesse primeiro momento preserva a vida do galã. O tipo morre, mesmo na sequência do folhetim “Poliana Moça” (2022), sem qualquer justificativa plausível.
Mas, antes dessa morte sem qualquer sentido, houve a mudança de elenco com a saída de Milena Toscano. Ela foi substituída por Thaís Melchior, que passou a defender a personagem Tia Luísa, por conta da gravidez da intérprete original.
Toscano permaneceu apenas 94 capítulos como a tia da protagonista, por conta da gravidez. A troca de atrizes foi complexa, porque trata o público como trouxa. Seria muito melhor criar qualquer outro artificio para a personagem e colocar outro arco na vida das principais peças do enredo infantil.
