O treinador português Abel Fernando Moreira Ferreira cometeu um ato de machismo na noite deste sábado (24), publicamente, contra a jornalista Aline Fanelli, repórter e âncora da Band News FM. Ao ser questionado sobre a lesão de Mayke, o treinador verde disse que devia satisfações a apenas três mulheres em sua vida.
A fala de Abel carrega consigo um cunho machista, que não cabe mais em pleno ano de 2024. A sociedade evoluiu demais, para precisarmos regredir a esse ponto da conversa. Em nota publicada logo depois do ocorrido, ele afirma que já conversou com Fanelli e que não teve intenção de causar constrangimento.
Até o momento de publicação desse texto, o clube não se posicionou de maneira oficial a respeito, apenas republicou a nota escrita por Fernando Moreira Ferreira em suas mídias sociais.
O clube é presidido por uma mulher, a empresária e jornalista Leila Mejdalani Pereira. Em mais de uma oportunidade, a mandatária se posicionou contra atos machistas, inclusive em ambientes considerados “delicados” para falar sobre o assunto.
Como uma repreensão eficiente, qualquer caso de machismo ou outro tipo de preconceito devia ser punido com um corte dos vencimentos da pessoa que proferiu tais palavras. Posicionamentos virtuais não ajudam na prática. Pereira tem a oportunidade de fazer algo exemplar, já que esse caso aconteceu enquanto Abel estava vestindo as cores do Palmeiras.
Vale recordar que a atual presidente é a primeira na linha de frente por cobrar que mais profissionais mulheres estejam no dia a dia do clube. A atitude deve ser louvada, mas desde que essas profissionais tenham a segurança de que podem desempenhar seu trabalho com segurança.
Abel Fernando já foi chamado de colonizador, atacado das mais variadas formas. Mas, isso não lhe dá margem para agir desta maneira. Ele precisa se desculpar e ir além, fazer algo efetivo no combate ao machismo.