A edição especial da novela “Pecado Mortal” chega ao fim como um enorme fracasso. Resgatada onze anos depois de sua exibição original, a história que se passa nos em 1977 foi retalhada e perdeu o sentido. O enredo termina com 2,5 pontos de média geral na Grande São Paulo.
Ousada, a história não tem nada a ver com o que a rede se tornou nos últimos nove anos. Quem acompanha a dramaturgia da rede foi doutrinado nos últimos nove anos do horário nobre a aceitar apenas e tão somente folhetins oriundos das sagradas escrituras.
Nem mesmo o sucesso “Vidas Em Jogo” (2011) foi poupado da ignorância, uma vez que a sua exibição para comemorar os setenta anos da rede teve destino idêntico do enredo criado por Carlos Lombardi em 2013 e transmitido em dois horários.
Estreada em 25 de setembro de 2013, a novela teve 10,9 pontos de média no primeiro capítulo. A história mudou de horário no meio do caminho, o que atrapalhou ainda mais a sua exibição original, porque quando o conto seguia um caminho minimamente interessante, passou a concorrer de forma direta com a novela das nove, motivo mais do que suficiente para esvaziar a rede da Barra Funda.
O repeteco foi vítima da falta de planejamento e estratégia, uma vez que a história protagonizada por Fernando Pavão deveria entrar no ar por volta de 22h20 | 22h30, mas entrava depois disso e não conseguia pegar a migração da Globo.
A era de ouro dessa dramaturgia secular foi sepultada em 20 de março de 2015, quando foi ao ar o último capítulo da novela “Vitória” de Cristiane Fridmann.