O passado foi generoso com a Band. Por duas vezes, ofereceu mecanismos de planejamento caso o jornalista José Luiz Datena deixasse a emissora. Em 2011, ele foi de mala e cuia para a Barra Funda, mas essa reconciliação durou apenas 43 dias, um tanto quanto efêmera essa passagem. Para seu lugar, a emissora colocou Luciano Facciolli.
Sete anos depois, o mesmo Datena ensaia uma nova saída, agora para a carreira política. No vai e não vai, foram meses. No escuro, o canal não sabia o que fazer com um dominical recém estreado e com sua mais volumosa audiência. Acabou ficando e esquecendo, por ora, o projeto de vida pública.
E assim foi na última eleição municipal, quadro que se repete agora. A Band tem quem substitua José Luiz nas duas janelas em que usa o profissional, ou a rede vive uma DatenaDependência?
Há profissionais qualificados para os espaços onde hoje está o apresentador, sem dúvida. Mas, esse vai e não vai, de novo, confunde os gestores, público e colegas de empresa. Quem poderia assumir os programas “Brasil Urgente” e “Manhã Bandeirantes”, na televisão e rádio de maneira respectiva?
Há um projeto em curso, para deixar o canal dos Saad na terceira posição. O pilar dessa história é o jornalismo, conceituado e de grandes nomes. Ousado, diferenciado e atraente, o caminho da rede é grande, mas com alguma organização será suficiente para ultrapassar a concorrente de três letras, que jamais primou por organização.
A vida continua com ou sem Datena e a Band precisa estar pronta, caso o apresentador enverede mesmo pela carreira politica.