O maior erro recente da Globo

A Globo cometeu um grave erro recentemente em sua grade de programação, mais precisamente no espaço da “Edição Especial”, atual ocupante da faixa seguinte ao jornalismo vespertino. 

O canal tinha uma linha de novelas mais antigas como “O Cravo E A Rosa” (2000), “Chocolate Com Pimenta” (2003) e “Mulheres de Areia” (1993), histórias clássicas que prendem o público pela simplicidade.

A escolha seguinte tem tons de inadequação. Mas, não pela qualidade do enredo. O repeteco de “Cheias de Charme” foi escolhido para a vaga de uma novela feita dezenove anos antes dela, o espaço conversa melhor com histórias mais antigas.

Mas, quem decreta fracasso e o fim desse slot de reprises, é desonesto: Pela primeira vez na história, uma faixa de reapresentações conta com seis capítulos por semana, o padrão adotado pelo canal apenas para novelas inéditas, até então.

Evidentemente que o share do sexto dia da semana é menor em relação aos demais, sempre foi assim e vai permanecer da mesma maneira, até o fim dos dias e da sociedade como conhecemos.

Vale recordar que a escolha foi nesse sentido pela impossibilidade da reapresentação de “A Viagem” (1994), mas outros folhetins mais antigos se dariam bem nessa janela, que seria “História de Amor” (1995) e outras com uma condução similar.

A faixa foi criada em dezembro de 2021 para tentar conter os momentos de liderança conquistados por “A Hora da Venenosa”, que já tinha triturado outras duas atrações do canal, além de fazer a líder atrasar a entrada dos filmes vespertinos, em sua janela mais tradicional.