A ESPN cometeu um dos maiores erros de sua história recentemente ao tirar tempo do tradicional “Linha de Passe” das noites de segunda-feira. O programa tem grife, porte e tamanho para enfrentar qualquer mudança do hoje modorrento SporTV.
O lançamento do “Boleiragem” na vaga que era de Carlos Eduardo dos Santos nas noites de segunda-feira pelo canal esportivo do Grupo Globo, com os trabalhos tocados pelo ex-jogador Roger Flores, analista de futebol, causou uma estultice nos canais ESPN.
A atração de Paulo Andrade foi cortada na metade, para o lançamento do famigerado “Resenha da Rodada”, versão do programa de André Plihal que tem apenas ex-futebolistas na bancada de comentários.
O movimento foi equivocado, porque há quem estava acostumado com o debate de duas horas desde que Milton Leite comandava a mesa do Linha. Não era pra mexer nisso, inclusive a manutenção da mesa mais tradicional da emissora com 120 minutos seria uma forma de marcar posição junto à audiência.
A contribuição de quem jogou futebol é super válida, desde que seja inserida dentro de estruturas já consolidadas. Na empresa, há bons nomes que já passaram pelos gramados, como o caso de Fernando Prass.
Mas, tirar tempo do programa mais tradicional da emissora para seguir a “moda” de uma concorrente que se mostra perdida, diz muito mais sobre o que não se deve fazer. Mexer no Linha é errado, assim como modificar o “Resenha ESPN” e tirar sua essência, deixando ele duas vezes por semana.
O lugar do programa é nas sextas-feiras, mantendo o espírito que o programa tem desde a estreia. Mexer nisso é um claro equívoco de Mickey Mouse. Mas, esse erro não deve ser corrigido.
