A telenovela brasileira sempre será referência em todo o mundo, tanto no esquema de produção quando pela exportação dos nossos produtos culturais de entretenimento, reconhecidos pelo mundo. Em dois momentos diferentes, a noite do sábado (25), entregou momentos emblemáticos e saborosos, para quem é noveleiro de fato.
O primeiro deles foi em “Garota do Momento”, quando Beatriz (Duda Santos) revelou estar viva ao vencer um concurso de beleza. Alessandra Poggi deixou o clímax em momento certo, uma pena que tenha sido em um capítulo onde a participação de televisores ligados não é alta, como acontece de segunda a sexta-feira, por exemplo.
A segunda demonstração de que ainda há esperanças foi em “Volta Por Cima”, com um tapa que ecoou pelo país. Mas, antes disso, a personagem de Tereza Seiblitz, de outro núcleo, foi capaz de emocionar com um simples olhar. Ao “morrer”, Doralice se encontra com o marido no céu e tem uma conversa. A atriz estava afastada das novelas desde “Malhação” (2002), quando viveu a personagem Débora.
Enquanto isso, a novela das nove segue sem rumo. O canal carioca deixa a desejar em sua principal vitrine, mas tem duas autoras de ponta, em estado de graça. Poggi mantém o alto nível de suas recentes produções e Souto, por sua vez, consegue uma reviravolta digna de novela, porque ela não se encontrou em “Cara E Coragem” (2023) e agora entrega uma das melhores histórias das sete dos últimos anos.
Viva a dramaturgia brasileira. O enredo bem contado, seja ele por onde for, merece ser reverenciado sempre.
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