O SBT prepara para breve uma ampla reforma na grade, tal qual acontece quando o presidente de plantão resolve fazer uma reforma ministerial, quando as coisas não são feitas a contento. A troca, entretanto, será feita em doses homeopáticas.
As trocas serão feitas de maneira paulatina, em etapas, para não expulsar o público que tem se acostumado a acompanhar a rede comandada pelos Abravanel. O único dia que não deve sofrer grandes mudanças é o domingo, que vence a concorrente com alguma margem.
Todo o resto será redesenhado, para que a emissora se aproxime mais da Record do que fique perto da Band, o que tem ocorrido com alguma frequência nos últimos meses, conforme os dados consolidados da Kantar Ibope Media.
Investimentos em jornalismo, novelas mexicanas mais cedo. Duas revistas eletrônicas, uma delas com a devida força para entregar ao “SBT Brasil”, estrategicamente posicionado na mesma faixa do “Jornal Da Record”.
A rede tem na reprise de “A Gata” o pontapé inicial de suas histórias vespertinas, seguida por outra reprise e um enredo inédito. Esse trio faz milagre, mas duela com José Luiz Datena e seus pares e vê Luiz Fernando Bacci de longe, muito longe. O problema estratégico, entretanto, não termina ali. Falta o restante da grade se envolver com os produtos mais consolidados, repercutir os fatos das novelas mexicanas já mexeria em algum modo no mundo encantado da Anhanguera.
O remake do horário nobre, que disputa com a faixa bíblica inédita da Record, é outro problema: “Romeu E Julieta” não funcionou como se esperava, por isso a rede tem pressa para definir quem assume o espaço inédito do horário nobre.
Em outubro, a rede consolidou 3,67 pontos de média mensal. O canal aparece em novembro com apenas 3,14 pontos no recorte de 22 dias da última parcial do ano.
