O modo como se mede audiência no país está defasado. Mas, vai muito além da amostragem baixa. A praça mais relevante do país continua sendo São Paulo, isso nunca vai mudar porque a cidade é a capital econômica do Brasil.
A grande falha está na composição do Painel Nacional de Televisão (PNT), que contempla apenas quinze cidades de um país com dimensões continentais. As demais cidades e estados dependem de pesquisas encomendadas por empresários.
Há que se fazer um trabalho de expansão dos locais onde a Kantar Ibope Media tem suas pesquisas, justamente para ter um retrato mais fidedigno daquilo que se convencionou chamar de audiência nacional. A audiência nacional existe, mas vai de fato até a página quatro.
Os outros mercados também tem suas necessidades. Por exemplo, em Santa Catarina faltam pesquisas oficiais em cidades como Joinville, Chapecó, Criciúma, Lages… E os outros estados também tem suas demandas. Em muitos casos, as emissoras também não investem em conteúdo regional.
O exemplo citado é Santa Catarina por uma razão: Em Lages, por exemplo, não há conteúdo regional em nenhuma das quatro grandes redes com sinal na região. Quando muito, há um posto de reportagem. Nas demais cidades, há conteúdos regionalizados. Mas, isso é tema para outro texto.
Para arrematar: Uma audiência nacional se forma com o maior número de praças contempladas. A amostragem é válida, porém é muito pequena, se comparado com o tamanho do Brasil, que tem a dimensão de um continente.