Treze anos depois, Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) reassume o comando do país. Em uma disputa muito apertada, o pernambucano vence o incumbente Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ), numa virada que veio depois de 105 minutos de apuração. A esquerda retoma o poder após seis anos longe do Palácio do Planalto.
A equipe de governo do novo presidente ainda não foi definida, mas há uma enorme expectativa sobre quem vai formar a explanada dos ministérios, principalmente na pasta da Fazenda.
Henrique Meirelles, que trabalhou no governo do petista e também esteve ao lado de Michel Temer (MDB-SP), em seu mandato tampão depois do impedimento contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG).
Pela primeira vez desde a instituição da reeleição, o incumbente não consegue permanecer no Palácio do Planalto. Também de forma inédita, um ex-presidente retorna ao comando do país. Essa não foi uma campanha de propostas, mas sim com os dois candidatos defendendo seus legados, quer a esquerda, quer o bolsonarismo com suas maiores estrelas.
Agora, Lula vai governar ao lado de Geraldo Alckimin (PSB-SP), nome histórico do tucanato, será o braço direito do novo presidente, que assume em janeiro do próximo ano. O governo de transição começa a ocorrer já na virada da semana.
Mas, como em 2014, quando o tucano Aécio Neves (PSDB-MG) perdeu o pleito e pediu recontagem, esse movimento deve ser reprisado com oito anos de distância entre os episódios. Apesar de ter perdido a majoritária e a joia da coroa, o bolsonarismo sobrevive com suas ramificações na capital, por meio do congresso nacional, seja no Senado ou na Câmara.
Com 97,66% das urnas apuradas, Lula aparece com 58.730.965 votos, enquanto que Bolsonaro tem 57.061.628 votos na segunda mão do pleito eleitoral.
>> Com informações da Justiça Eleitoral