A jornalista e apresentadora Renata Lo Prete comanda atualmente o notívago “Jornal da Globo”, nas madrugadas da emissora líder de audiência.
O potencial dela, entretanto, é para formar linha de frente no jornalismo da casa. Não atoa, foi tirada a peso de ouro da Folha de São Paulo para reforçar a cobertura política do canal carioca.
A madrugada é um horário onde há certa liberdade editorial, o tom do informativo comandado por ela é bem mais profundo, por exemplo, do que o “Jornal Nacional”, que na faixa nobre precisa resumir em uma hora aquilo que de mais importante aconteceu.
O tamanho de Lo Prete fica ainda mais claro na Globo quando a emissora coloca ela ao lado de William Bonner no comando da central eleitoral em rede aberta, no formato de maratona, dentro dos domingos eleitorais. Essa dobradinha vai se repetir, no fim desta semana, quando ocorre o segundo turno nacional e estadual em algumas praças.
Renata tem o vigor necessário, por exemplo, para a faixa vespertina da Globo News. Mas, colocá-la de volta no canal pago seria um retrocesso. Então, que se busque alguém com essa linha para enfrentar Daniela Lima, porque o novo jornal do canal de notícias me parece mais uma cópia mal feita do “CNN 360”, em seus primórdios.
Os cortes do que Lo Prete diz na madrugada repercutem, claro. A profundidade trazida por ela ao noticiário é mais do que necessária, ainda mais em momentos como esse, onde se busca o jornalismo profissional. Que os aventureiros sejam suprimidos e reduzidos a pó.