A novela das oito “Laços de Família” completa vinte e quatro anos de estreia, se transforma em um dos clássicos da dramaturgia brasileira e fica guardada na memória do público noveleiro.
O folhetim criado por Manoel Carlos não seria o mesmo, porque ele disse em certa entrevista que o enredo não teria a condução que teve caso Vera Fischer e Carolina Dieckmann não tivessem aceitado os papéis de Helena e Camila, respectivamente.
A trama teve 44,90 pontos em sua exibição original e teve outras duas passagens pela grade da emissora, em momentos onde a Globo precisava de enredos fortes e populares, primeiro para conter a concorrência e depois para manter o público, em um momento onde o país atravessava uma crise sanitária.
Em 2005, ela foi escalada às pressas, para a vaga da novela “Deus Nos Acuda” (1992), responsável por derrubar os números e colocar o SBT no jogo do começo de tarde, porque ele havia evocado um coringa de respeito, com a terceira passagem de “A Usurpadora” (1999). Quinze anos depois, o folhetim entra no ar em um cenário completamente diferente.
Na segunda reprise, o folhetim precisava manter o público do espaço, que tinha recebido “Eta Mundo Bom” e pegou ainda uma parte da época em que havia medidas restritivas de mobilidade, para conter o avanço da pandemia causada pelo novo coronavírus.
A trama contava a história de uma mulher madura que se apaixonava por um garotão, recém formado em medicina. O fogo ardente da paixão entre Helena (Vera Fischer) e Edu (Reynaldo Gianechinni) chega ao fim quando Camila (Carolina Dieckmann) entra no circuito e se interessa pelo namorado da mãe.
O momento de fragilidade da jovem, que lutava contra uma leucemia, acelerou a troca de pares. A esteticista termina a novela com Miguel (Tony Ramos), o dono de uma livraria na história do enredo. Mas, para salvar a filha, a loira precisou se deitar mais uma vez com o primo, Pedro (José Mayer), para gerar uma nova criança e assim ter um doador compatível com aquela que se convencionou chamar, carinhosamente, de JUDAS.