O jornalismo da Record TV faz um movimento importante editorialmente falando, com uma entrevista conduzida por Renata Varandas sobre os seis primeiros meses de governo. A emissora se coloca em uma posição diferente em relação as últimas duas eleições, onde apoiou Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ), hoje inelegível.
Por uma decisão editorial, em janeiro a emissora concentrou a cobertura no seu canal de notícias, enquanto que na televisão aberta foi transmitida a cerimônia em partes, intercaladas com a reprise do filme “Férias No Trailer” (2006) em “Cine Maior”.
No passado não tão recente, Inácio foi um dos aliados do televangelista Edir Macedo, dono da segunda maior emissora do país. Inclusive, o então mandatário esteve na festa de lançamento dos últimos grandes investimentos do Grupo Record, como Record News e R7, nos anos de 2007 e 2009, respectivamente.
A conversa vai ao ar no “Jornal da Record”, principal informativo do país em horário nobre fora da Globo, com o comando de Celso Freitas e Christina Lemos, nomes históricos da emissora paulista. Isso ocorre em meio ao processo de aproximação da legenda ligada a denominação religiosa de Macedo com o governo. Como se sabe, o Republicanos negocia com a situação alguns cargos de primeiro e segundo escalão.
O movimento de reaproximação ocorre em um momento onde a segunda maior emissora do país tem bons números de audiência e também procura recuperar sua imagem de credibilidade nos informativos. Esse pode ser o início de um processo necessário dentro dos telejornais da casa, como o editorial do “Fala Brasil”, que havia deixado de cobrir a editoria política.
Logo depois da promoção de Lemos para a bancada do horário nobre, a emissora tem nomes como Renata Varandas, Luiz Fara Monteiro e Thiago Nolasco. Fara, como se sabe, tem um espaço diário no telejornal produzido para o horário nobre, onde atualiza as principais informações da capital.
