“Jornal da Record” deixa de ser ao vivo

O segundo maior telejornal do país vai passar por uma transformação e tanto em breve, com suas edições pré-gravadas. A equipe do “Jornal da Record” já foi avisada e oficialmente o canal visa a contenção de gastos. 

A movimentação funcionará na prática para podar pautas em desacordo com o governo de Jair Bolsonaro (PL-RJ), que tenta a reeleição em dois meses. Outra justificativa oficial é a maior qualidade técnica da atração, que teve erros na captação de áudio recentemente.

O canal paulista adota essa prática dois meses antes do pleito eleitoral e de seu modo copia a concorrente direta, que gravava o “Jornal do SBT” para exibir em looping entre a madrugada e a manhã do dia seguinte, há alguns anos.

A atração deve ficar pronta por volta de 19h10, quando as emissoras afiliadas à Record TV ainda estiverem com seus conteúdos locais.

Essa é mais uma decisão controversa, que coloca a rede contra a parede. O primeiro movimento foi na troca de linha editorial do jornalismo, onde a rede começou a apoiar Bolsonaro de forma mais clara. Depois, o afastamento e posterior demissão de Adriana Araújo.

Agora, essa mudança que sepulta a atração. O jornalismo deve ser feito ao vivo, para que o público saiba o que é notícia no momento e não com quase duas horas de atraso em relação ao tempo que foi gravado e vai ao ar. Na rotina, pouca coisa deve ser alterada, justamente para que o público não perceba essas trocas de horário.

Qual será a próxima medida? Será que em janeiro o expediente normal retornará? Onde Guerreiro pode levar o jornalismo da casa? Essas perguntas serão respondidas ainda neste quadrimestre.

>> Com informações do jornalista Gabriel de Oliveira, no site TV Pop