O horário nobre das emissoras de televisão brasileira geralmente é alvo de interesse das principais empresas do país, principalmente das quatro maiores redes.
Desta vez, quem cobiça o espaço nobre do canal do Morumbi são instituições religiosas. Antigo parceiro do canal, Romildo Ribeiro Soares é um dos cotados para reassumir uma parte da faixa. A emissora tinha aberto mão desse dinheiro fácil em nome do investimento feito no apresentador Fausto Silva.
Três anos depois desse rompimento, Ribeiro Soares pode retornar ao espaço nobre com a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD), mas uma concorrente parece estar interessada nesse espaço.
A assinatura de um novo acordo ainda não foi oficializado por esse interesse diferente, além do antigo parceiro. Atualmente, o canal oferece 135 minutos para instituições religiosas e compromete o rendimento do telejornal “Bora Brasil”, liderado por Joel Datena.
Uma nova concessão a terceiros, na raiz do horário nobre, pode inviabilizar ainda mais a audiência do espaço mais valioso de uma rede de televisão. Fragilizada, a emissora perdeu José Luiz Datena para a carreira da política partidária, sem Adriana de Fátima Araújo por um dia, o “Jornal da Band” foi jogado em um abismo mais do que profundo.
O momento é dos mais delicados. O canal deixa, assim, de concorrer com a empresa dos Abravanel, pelo menos na faixa seguinte ao jornalismo central, como demonstram os dados consolidados. Vale recordar que a IIGD nasceu de uma cisão entre líderes religiosos, já que ele era parte do elenco da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), liderada pelo televangelista Edir Macedo, dono da RECORD.
Atualmente, ambos são famosos e tem suas próprias ramificações televisivas de seus ministérios. De onde vem a cobiça desses líderes religiosos, no horário nobre da quarta maior emissora do país?
>> Com informações do jornalista Flávio Ricco, em sua coluna Canal Um