A data de hoje marca mais um ano de vida do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), uma das marcas mais importantes da construção da mídia brasileira, majoritariamente nos programas de entretenimento e auditórios.
O seu principal nome é Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos, que é apresentador de um programa aos domingos. Com forte digital no entretenimento, a casa revelou nomes de peso da comunicação nacional, como Augusto Liberato e Celso Portiolli.
Foi na antiga TVS, que o lado entrevistador de José Eugênio Soares aflorou, ganhou robustez e se consolidou como um dos principais do Brasil.
Sem peso no jornalismo, a emissora tem um grande serviço prestado ao departamento: Na emissora, surgiu a figura de âncora com Bóris Casoy OMM, então egresso do jornalismo impresso, para comandar o “TJ Brasil”. Na linha popular, o canal criou o “Aqui Agora”. E ali parou.
Por anos, o departamento ficou em coma. Teve bons nomes, como Hermano Henning, mas sem investimento nem William Bonner daria jeito.
Em 2005, uma nova lufada, com a chegada de Ana Paula Padrão. Mas, essa injeção durou apenas um ano e meio. Mesmo roubando Carlos Nascimento da Band, o então recém criado “SBT Brasil” sambou na grade e jamais teve horário fixo até então.
Com a fixação de Rachel Shererazade e Joseval Peixoto, há doze anos, o horário foi consolidado. Hoje, o telejornal tem Márcia Dantas e Marcelo Torres no comando e segue em terceiro lugar na maior praça do país, sendo o único investimento sério na editoria.
As novelas mexicanas merecem um texto a parte, mas elas carregam a média dia do canal nas costas, quando todo o restante está na mais profunda lama. Os resultados recentes com o futebol, quando a emissora assume o contrato da Libertadores, são um espasmo de vida.
Mas, para essa consolidação, é necessário que Senor e seus pares entendam a potencialidade financeira e de retorno dos esportes. Caso contrário, quando o contrato com a Sudamericana terminar, o projeto será exterminado, como foi há 19 anos.