As cinco primeiras semanas de “Três Graças” evidenciam uma coisa na grade do canal líder de audiência. O enredo de Aguinaldo Silva é constantemente esquecido pela área de programação.
O folhetim parece ter feito a rede regressar aos tempos pandêmicos, que, por força do noticiário, o “Jornal Nacional” era enorme e a reprise de “Fina Estampa” (2011) exibida em horário sanfonado.
A atual produção das nove sai do ar geralmente no horário em que o primeiro espaço de shows da rede chegava ao fim. O pico de consumo cresceu durante a crise sanitária, mas não há justificativa para espichar tanto o principal jornal do país. Salvo em coberturas especiais, como a prisão de um líder político recente, não há assunto para exceder os tradicionais 40-50 minutos de cada edição.
O enredo entra no ar tarde e se despede mais tarde ainda, empurra a linha de shows e prejudica tanto a sua média quanto dos programas seguintes. Ademais, por melhor ou pior que seja a novela, há uma falta de cuidado com o que a sucede.
Para se ter uma ideia, a média geral dos primeiros capítulos está na casa dos 21,81 pontos, desempenho ligeiramente inferior aos números registrados por “Vale Tudo” no mesmo período.
Os dados acima citados são consolidados e nesse recorte não podem sofrer qualquer tipo de alteração.
>> Com informações do jornalista Gabriel de Oliveira, em sua coluna Canal D



