A Globo monta uma nova oficina de autores, agora para que alguns profissionais de roteiro desenvolvam sinopses para a faixa das sete e assim a emissora ter cartas diferentes em seu baralho de comédias. A rede aposta nos mesmos novelistas, em esquema de revezamento, há pelo menos cinco anos, como demonstram os dados das produções destinadas ao espaço anterior ao “Jornal Nacional”.
O canal vai trabalhar nesse processo, depois de ter feito o mesmo com novos autores para a faixa das seis. Agora, Daniel Ortiz conduz os trabalhos e conta com pelo menos dez roteiristas, que começaram a entrar suas primeiras ideias. A fila de novelas das sete tem apenas Cláudia Souto confirmada, com o desenvolvimento de “Mão Dupla” e isso reforça o reaproveitamento de autores em pouco tempo.
Outro nome que já pensa em uma nova ideia é Rosane Svartmann, responsável por “Vai Na Fé” (2023), o último fenômeno do espaço de comédias, que carimbou o passaporte de muitos componentes do elenco para outros horários da casa.
Ao aumentar o chamado “chão de fábrica” nos demais horários, a empresa vai ter mais tranquilidade ainda para organizar a fila das nove, por exemplo. E sem precisar recorrer aos veteranos em espaços que tenham problemas de audiência.
Os autores titulares responsáveis pela oficina anterior foram Duca Rachid, Júlio Fischer e Maria Helena Nascimento. As ideias estão fervilhando e muita coisa pode ser aproveitada em breve, caso a direção aprove e veja potencial nos textos. Recentemente, Christiane Fridmann, Marcílio Moraes e Mauro Wilson tiveram suas ideias negadas pelo canal carioca.
Entre as emissoras abertas, a Globo é a única a saber quais produções vão ao ar em diferentes horários depois daquilo que está em cartaz no momento. RECORD e SBT não tem essa organização, ou tampouco conseguem esquematizar novelas simultâneas, autores diferentes e ideias fora dos nichos bíblico e infantil, respectivamente.
>> Com informações da jornalista Anna Luiza Santiago, na Coluna Play, publicada pelo jornal O Globo