A produção de novelas em escala industrial tem seus períodos de problema, isso se prova verdade quando a Globo, maior produtora de entretenimento do país, coloca uma receita de bolo para as novelas que produz todo ano.
O canal tinha uma identidade para cada horário, variedade de temas e autores, elenco farto e repercussão correta, nos programas de entretenimento para todos os espaços em programas como “Encontro”, “Mais Você”, “Domingão” e “Fantástico”.
As referidas atrações herdaram a função do “Vídeo Show”, extinto há cinco anos, justamente por não conseguir fazer frente as fofocas de uma jornalista especializada, unida a uma singela cobra de pelúcia.
A pasteurização das novelas começa com “Vai Na Fé” na faixa das sete, “Amor Perfeito” no espaço das seis e as releituras de obras importantes no horário nobre. Qualquer ponto fora dessa ideia tende a ir ladeira abaixo.
Outro segmento importante nesse processo de remodelação é a sequência de novelas das seis, que podem ser vistas em “No Rancho Fundo” e o prosseguimento de “Eta Mundo Bom”, que está em desenvolvimento por Walcyr Carrasco e Mauro Wilson.
A trama pode ser vista como “recompensa”, por Wilson ter perdido uma sinopse inédita na faixa das sete, onde vai ao ar “Volta Por Cima”, outra novela feita com receita de bolo e assinada pela autora Cláudia Souto.
