O novo formato do “Encontro” vai mesmo ficar mais próximo do telejornal que o antecede, zona de conforto da apresentadora Patrícia Poeta. A emissora vive uma história de terror, ao retroceder no formato e transforma, mesmo que seja de forma involuntária, Manoel Soares em assistente de palco do matinal.
Na prática, ele será a versão global de Gabriel Cartolano do falecido “Vem Pra Cá”. O que demonstra uma falta de tato enorme, porque Soares poderia funcionar como um agente sociotransformador do programa, com um olhar diferenciado, humano e jornalístico sobre os fatos do dia, algo na linha do que era feito por Bernardes.
A atração será uma extensão do “Bom Dia Brasil”, pelo menos em teoria. O formato na prática pode ser diferente, mas não parece que seja, de fato. O canal esqueceu de Manoel inclusive no primeiro material de promoção para a nova programação matinal da casa.
Vamos aos fatos: Poeta terá a vida mais simples dessa nova grade, pois vai ser o único programa de entretenimento numa faixa que as demais tem jornalismo e um programa nichado de culinária, que não passa de um ponto.
A ver como funciona na prática, mas em teoria, Soares terá uma função secundária. Poeta, inclusive, usou um bordão da antecessora na chamada, ao dizer “o Encontro é comigo” na peça de aproximadamente dois minutos, divulgada no fim da semana passada.
