A novela das sete “Família É Tudo” registra uma audiência modesta, timidamente melhor do que a antecessora e não consegue se provar na faixa de comédias da emissora carioca. O enredo soma apenas 20,71 pontos de média geral.
O folhetim escrito por Daniel Ortiz tem uma taxa de crescimento muito sutil em relação a antecessora. De acordo com dados consolidados, mesmo faltando três capítulos inéditos a produção conseguiu apenas 7,4% de crescimento em relação a “Fuzuê”.
Com problemas de roteiro, continuidade e interpretação, a história fica distante da memória do público. Ter bons nomes no elenco, como Juliana Paiva, Henrique Barreira, Nathália Dill, Jayme Matarazzo, Ana Hikari e Daniel Rangel não é garantia de sucesso.
Entregar a vilã para uma atriz de primeiro trabalho completo, por exemplo, é um dos erros dessa história. Ortiz colocou a influenciadora Rafaella Freitas Ferreira de Castro, mais conhecida como Rafa Kallimann em um tipo complexo, logo de cara. O novelista tem recentes trabalhos na emissora, faz parte do time que se reveza na faixa de comédias e terá novas oportunidades nos próximos anos. Outro erro crasso foi objetificar a virgindade de uma personagem, tratar como algo menor, digno de piada e com condução jocosa.
A faixa recebe a partir da próxima semana um novo enredo, mas que entra na cota da pasteurização que se instalou nos últimos anos. “Volta Por Cima” tem a assinatura de Cláudia Souto, responsável por “Cara E Coragem” (2022). Em sua mais recente passagem, a novelista teve problemas de condução e também não conseguiu se firmar na faixa de comédias da líder de audiência.
Atualmente, quem responde pelo melhor desempenho da nominada “faixa nobre” é o “Jornal Nacional” de Vasconcellos e Bonner.