A novela das sete “Família É Tudo” recebe diariamente uma série de críticas, seja nas mídias sociais ou mesmo pela imprensa especializada. O folhetim idealizado por Daniel Ortiz cometeu um novo erro de continuidade, dessa vez com a cor da capa do celular de Plutão (Isacque Lopes), que do mais absoluto nada, sai de verde para cinza.
O problema foi notado pelas mídias sociais, em um simples corte de câmera, a personagem parece ter mudado de aparelho sem qualquer motivo aparente na cena onde estava dentro do ônibus.
A falha não é novidade no enredo das sete, já fez vítimas em outros núcleos da história e deve se repetir nas próximas semanas. Com problemas no texto, até mesmo uma cena dentro de um hospital virou motivo para chacota. Além disso, o tom caricato empregado em alguns tipos, tira qualquer credibilidade e verossimilhança.
O elenco é o menos culpado de tudo isso. Quando uma novela, seja ela de que emissora for, tem um alicerce fraco, nada construído em cima disso vai se sustentar. A trama soma apenas 20,2 pontos em seu horário principal, colocado no maior telejornal do país. O momento de crise da criatividade nesse horário vai muito além de uma ou outra novela.
A pasteurização de horários pode minar o reconhecimento e a credibilidade de uma emissora colossal, como é o caso da Globo. Ademais, não se entrega uma vilã central para uma influenciadora. A protagonista dúbia, defendida por Juliana Paiva limita o talento da atriz, por conta de um texto raso, que a faz acreditar em uma figurante e não no namorado.
Os plots poderiam ser melhor desenvolvidos, entregando maior profundidade ao enredo. Talentos da emissora estão jogados na história e fazem milagre com o texto que recebem. A história central é das mais frágeis e os núcleos paralelos não se sustentam como deveria ser uma boa comédia.