A estreia da apresentadora Patrícia Poeta no entretenimento diário foi um enorme fracasso, pelo menos em conteúdo. O programa “Encontro”, gerado de São Paulo, reciclou o cenário da antecessora e em menos de dez minutos já tinha imagens de Fátima Bernardes no comando do programa matinal e assim não representou, efetivamente, uma nova fase.
O programa ainda escanteou Manoel Soares, oficialmente considerado apresentador do formato, mas que na prática ficou como acessório da apresentadora gaúcha. Um desserviço, em todos os sentidos, sendo que Soares tem história no jornalismo e merece um posto melhor desenhado com sua história no matinal e na emissora.
Poeta fez autoreferência, falou do “É De Casa” quase mil vezes e não conseguiu segurar sozinha o programa. Além disso, repetiu o convidado do “Altas Horas” de dois dias atrás, com apenas uma hora no ar, o formato foi corrido, desconexo e sem identidade.
Para as próximas semanas, a emissora precisa se policiar. Quem tem a ganhar, com tanta inconstância, são os concorrentes diretos na faixa. Soares poderia ser melhor aproveitado, uma vez que ele tem uma veia sociotransformadora.
Pouco se viu de originalidade, Machado entrou com o “Encontro com o Pantanal”. A novela das nove é usada quando não se tem mais assunto nos programas de entretenimento, desde a estreia do enredo, em março deste ano.
A audiência do programa hoje pode ser vista aqui e creditada literalmente a falta de investimento das desafiantes de mercado. Mas, em dias de coberturas fortes, “Fala Brasil” e “Hoje Em Dia” podem se beneficiados. O suposto jornalismo da TVS também, uma vez que a Globo apenas replicou o que funcionava com Bernardes, com a adição de um roteiro cimentado.