Emissora residual dá passos largos á extinção

Os fatos se impõe no noticiário sempre. Prova disso é que a TV Ômega caminha a passos largos para seu fim, que não parece gerar tanta comoção quanto a despedida da opulenta Rede Manchete, no fim do século passado.

A afirmação feita acima tem como base, os fatos. Trouxe Flávio Ricco, que a partir de agora, todos os programas da Rede TV precisarão mostrar resultados melhores de audiência. Fato. Mas, se esse critério for levado a risca, apenas o emprego de Sõnia Abrão estará a salvo, porque ela consegue até mesmo brigar com o SBT.

Neste caso, é mérito da jornalista. Ainda mais pelo poder de investimento de uma, se comparado ao que pode fazer o canal dos Abravanel. Chegar a picos de terceiro lugar, numa emissora pequena como a Rede TV, que passa o dia no traço, é um feito e tanto.

Mas, não se pode sustentar uma emissora com apenas um programa. A rede não tem qualquer perspectiva para sair do lamaçal em que se encontra. E ao invés de tentar sanar os próprios problemas, o dono insiste em criticar a líder de audiência, que vive uma realidade completamente diferente desta e jamais teve crise tão aguda de audiência.

Ainda assim, a emissora insiste. Agonizante, vai produzir uma revista eletrônica para a faixa das manhãs no espaço onde apenas Olga Bongiovanni funcionou com o “Bom Dia Mulher”. As mais recentes apostas fracassaram de maneira miserável, como é o caso de “Se Liga Brasil”, “Melhor Pra Você” e “Vou Te Contar”.

Nem mesmo um folclórico apresentador pernambucano, que no começo conseguia empatar com a Band, hoje se sustenta mais. A aposta com contrato de oito anos agoniza em audiência, se estapeando com Rede Vida, Cultura, Gazeta e Aparecida.

Não será surpresa se a possante Ômega chegar ao fim no próximo ano. Mas, sem o mesmo impacto e comoção da gigante rede que um dia teve sede na Rua do Russel, bairro da Glória no amado Rio de Janeiro.