O programa semanal “Domingo Espetacular” chega a sua edição de número 1.000, transmitida na noite deste domingo (11), a revista eletrônica dedicou pouco mais de dez minutos para falar sobre sua história, mostrar ao público o que mudou em aproximadamente vinte anos.
A equipe de pesquisa foi mais profundo desta vez, não se limitou como na suposta homenagem veiculada semanas atrás para Celso Freitas, que na verdade tinha um tom desrespeitoso, por não compreender o tamanho dele na vida do projeto estreado em abril de 2004.
Quase vinte anos se passaram, muita coisa mudou. O programa perdeu sua identidade, a trilha clássica dos tempos em que ganhou de Fausto Silva e não mais representa aquilo que um dia foi. Na data que deveria ser comemorativa e de reverência aos profissionais, pautas no estilo “A Hora da Venenosa” tomaram conta da revista eletrônica.
Antes profunda, incisiva e combativa, a atração tinha pautas de interesse público, rostos reconhecidos em sua condução e hoje parece mais um amontoado de materiais, com algumas cabeças. Ter uma grife como Sérgio Aguiar e não saber usar da forma correta, assim como toda a estrutura da emissora, mostra que a rede está perdida.
Esse é o último resquício de uma Record ousada, que brigava de perto com a Globo. A maior prova de que o piloto automático tomou conta desse outrora portentoso domingo, é que justamente apenas com a revista eletrônica, a rede conquista a vice liderança numa disputa visceral contra a mórbida concorrente.
Um erro foi corrigido, de fato. Mas, nesses dez minutos o programa não fez jus ao tamanho dos seus primeiros comandantes. Aos poucos, a emissora esquece a própria história.