Os programas “Domingo Espetacular” e “Fantástico” tem o mesmo formato, pelo menos em teoria. Ambos vão ao ar praticamente no mesmo horário, com características similares. Mas, comparar esses dois é uma sandice sem qualquer tamanho.
A atração produzida pela líder de audiência é direta, cobre os principais fatos da semana e apela para espumas em poucas ocasiões, como no caso onde teve una entrevista exclusiva com uma famosa atriz que foi vítima de golpe por seus genitores.
Na versão da Barra Funda, além do tempo excessivo o canal tem muitas pautas que caberiam melhor em “A Hora Da Venenosa” do que em um formato semanal com a proposta similar ao do primeiro colocado.
Apesar de ter a cara do pai, a revista eletrônica recordista perdeu a essência há anos. Sem Paulo Henrique Amorim, o programa teve Eduardo Ribeiro por alguns anos e agora aposta em um casal de ex-globais, ambos com passagem pela maior inspiração ao DE.
Ribeiro foi uma excelente peça na engrenagem do semanal, um casamento e tanto. Em entrevista, ele chegou a dizer que treinou o olhar para ser apresentador de um programa assim. Tempos depois, entretanto, ele foi movido para o “Fala Brasil”, onde hoje faz dobradinha com Mariana Godoy.
Atualmente, Carolina Ferraz e Sérgio Aguiar são os titulares do programa. Ambos fazem um bom trabalho, porém o maior problema é editorial. O horário também não ajuda, porque enfrenta por muito tempo o programa global. As reportagens de Roberto Cabrini são o grande respiro, assim como os segmentos de curiosidade com Arnaldo Duran e Michael Keller ainda mantém a essência do programa.
O grande pecado é aquele que deveria ser sua maior vedete em anos. As homenagens pelos 70 anos da Record TV deviam ser mais aprofundadas, com uma pesquisa ainda mais rica. E se casadas com reportagens de denúncias, como nos seus anos de maior relevância, podem ajudar a revista a se distanciar ainda mais da herdeira de Senor Abravanel.
A crise editorial, junto do horário em que vai ao ar são os maiores problemas. Na ânsia de emular a líder, se copiou aquilo que de pior existia no programa hoje comandado por Maria Júlia dos Santos Coutinho Moura e Poliana Abritta Martins Ferreira.