O autor Manoel Carlos revela em entrevista para a antiga TVE que precisou criar um problema na vida da personagem Hilda (Maria Padilha), no decorrer da condução de “Mulheres Apaixonadas”, atual cartaz da janela vespertina principal de reprises da emissora carioca, que chega ao fim em dezembro.
A ideia de colocar um obstáculo na vida da personagem serve ainda como campanha de prevenção ao câncer de mama, um papel sociotransformador e mais do que necessário em telenovelas até os dias de hoje. Entre as irmãs, ela era quem não tinha grandes problemas. Mas, Maneco precisava de alguma coisa para aproximar o tipo do público.
O autor tinha aproximadamente dois meses de história, por isso teve a ideia que foi utilizada em outras produções como “Malhação” (2001), para conscientizar sobre esse problema. Curiosamente, a segunda reprise chegou nessa virada da história bem no mês onde há uma campanha nacional de prevenção para a doença. A prática do autoexame e detectar nódulos cedo, ajuda no processo do tratamento.
Nas outras pontas da história, Helena (Christiane Torloni) criava o filho de outra mulher sem saber e após se libertar do casamento vai em busca do verdadeiro amor. Heloísa (Giulia Gan) tinha como maior mote problemático a possessividade em relação ao marido e a insegurança com todos que a rodeavam.
Abaixo, o vídeo onde o próprio autor revela que precisava criar algo forte para a personagem de Maria Padilha:
Chocado com a justificativa do Maneco pra doença da Hilda em #MulheresApaixonadas pic.twitter.com/Kxohw4ZsNA
— ̄ (@lu4nv1ct0r) October 6, 2023
