A RECORD mexe suas peças e depois de quatro anos resolve fazer um investimento naquele que era o dia de maior concorrência na televisão aberta. Dessa vez, com a estreia do “Domingo Record” e o comando da jornalista Rachel Sheherazade Barbosa. O canal reaproveita o título original de sua mais tradicional revista eletrônica e agora foca em se distanciar da Band e apostar no desgaste da outra concorrente.
O primeiro momento vai ser de reconhecimento do terreno, Barbosa estreia nesse dia da semana com um produto completamente diferente em relação ao oferecido pela rede nos últimos anos. Ao que parece, a negligência deve se resumir apenas aos sábados, na metade do segundo semestre.
A ideia é colocar um produto para marcar território e coloca uma mulher nesse espaço de novo, depois de onze anos. O último modelo de experimento foi na segunda fase do “Tudo é Possível”, aos cuidados de Ana Hickmann, que não teve vida longa. Antes dela, o formato teve Eliana Michaelichen Bezerra por quatro anos.
O movimento da emissora será em vão, caso novos investimentos não sejam feitos. Aliado ao novo programa, estreia o “Acerte Ou Caia”, comandado por Tom Cavalcante. Entretanto, as coisas só vão mudar de fato quando a raiz dos problemas for mexida. A atração de auditório que leva o nome de Rodrigo Alcazar Faro tem ampla rejeição e derruba, semana a semana, o público construído pelo depósito de reprises, que se transformou o “Cine Maior”.
Barbosa e Cavalcante, sozinhos, não farão o milagre da multiplicação. Nem tanto ao céu, ou à terra. Mudanças pontuais são necessárias, mas trocar tudo em uma tacada só, como ocorreu com “Hoje Em Dia”, “Domingo Show” e “The Four”, no longínquo mês de março de 2020, se provou um dos maiores erros de gestão já cometidos pela Barra Funda.