Na próxima Copa do Mundo FIFA, 24 anos vão separar o último título nacional do período de realização do torneio entre seleções.
O fracasso do projeto brasileiro têm explicação na repetição de padrões e uma prisão a um passado que não mais existe. A empáfia nacional, por ter cinco títulos do torneio mais importante entre seleções do mundo, não faz com que as coisas fiquem claras.
Depois do título com Scolari, se tentou voltar ao passado. Com uma preparação vergonhosa na Suíça, o time de Carlos Alberto Parreira foi derrotado pela França, na mesma fase onde os comandados de Adenor foram derrotados.
No ciclo seguinte, um neófito foi colocado para dirigir a maior instituição do futebol nacional. Por conta do trabalho no Band Sports, Dunga assumiu o time e foi contra todos os clamores populares e deixou os nomes mais desejados de fora da lista de convocações.
Outra eliminação nas quartas, para a Holanda. Mas, esse quadro era visto e o maior problema não seria esse. Quatro anos depois, a coisa ficaria ainda mais agravada.
Para o ano de 2014, quando o país sediaria o torneio, foi escolhido Mano Menezes. Mas, o gaúcho foi sacado depois de um insucesso em Londres 2012. Para remediar, foi colocado aquele que ganhou o último título, num ufanismo sem fim.
Depois de rebaixar o Palmeiras, Luiz Felipe Scolari foi chamado para uma dobradinha do terror com Carlos Alberto Parreira, que formou uma dobradinha como os últimos vencedores de Copa do Mundo, nos anos de 1994 e 2002.
Em casa, o time brasileiro foi mais longe. Chegou na fase semifinal e foi humilhado, com requintes de crueldade, pela Alemanha. O 7×1 ainda deixa marcas no futebol brasileiro. Seria necessário um redescobrimento da modalidade. Scolari, que caiu para cima, voltou aos clubes numa breve passagem pelo Grêmio.
No ano seguinte a maior vergonha da história, os dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) trouxeram Adenor Leonardo Bachi. O treinador foi escolhido pelo seu trabalho no Corinthians, que envolve Libertadores e Mundial de 2012, por exemplo, Mas, se aquela bola de Diego Souza tivesse entrado, na decisão com o Vasco, a coisa seria completamente diferente.
Para o próximo ciclo, não se sabe quem fica na casamata. Abel Ferreira, maior nome do futebol brasileiro, é o mais cotado. E se Leila Pereira abrir mão do maior treinador da história verde, ela assinará um dos atestados de gestão equivocada.
Há outros nomes tarimbados para a função, sem a necessidade de destruir o que Ferreira tem construído no lado verde da Barra Funda. Uma simples pesquisa de mercado, ainda que com alguma profundidade, pode fazer a entidade se surpreender.
Na próxima disputa, não haverá exclusividade da Globo. Isso abre uma série de possibilidades, para que a Disney se coloque como uma interessante e interessada opção. A ver, como caminham as decisões dos próximos anos.