A receita da liderança na Globo

A Globo usa há três anos uma estratégia antiga, mas que costuma funcionar muito bem. O canal estreou uma faixa de reprises no espaço vespertino, para neutralizar Fabíola Reipert. 

O enredo selecionado para a estreia foi “O Cravo E A Rosa” (2000), já usado de maneira estratégica em outras duas oportunidades, mais precisamente nos anos de 2003 e 2013 dentro do “Vale A Pena Ver de Novo”.

Nessa reapresentação, a história assinada por Walcyr Carrasco teve 13,95 pontos de média e até hoje é a audiência mais relevante do espaço que foi batizado como “Edição Especial” e colocado estrategicamente depois do “Jornal Hoje”.

A rede apostou em folhetins clássicos, para frear as fofocas de Fabíola Reipert e Reinaldo Gottino. O “Balanço Geral” vinha de uma invencibilidade que durava desde 2016 e causou o cancelamento de programas como “Vídeo Show” e “Se Joga”, assim como mudanças de horário em “Sessão Da Tarde”.

O folhetim protagonizado por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis supera todas as sucessoras e o espaço entra em uma espiral negativa, conforme os dados consolidados que demonstram os desempenhos de “Cheias de Charme” (2012) e “Cabocla” (2004), por exemplo. Nesse caso, a receita de bolo funcionou.