A série brasileira “A Lei E O Crime” (2009) vai ser exibida pela terceira vez no horário nobre da Record TV. Chutando a criatividade para escanteio, o canal aposta em reprises sazonais do produto, quando a rede completa aniversários redondos.
O enredo acompanha a vida de Catarina (Francisca Queiroz), que se torna delegada por conta de uma injustiça presenciada por ela.
A trama aborda e discute o tráfico no Rio de Janeiro, é profunda, mexe na ferida que atualmente o canal não tem mais altura para abordar. Inclusive, essa segunda reprise é uma surpresa, pelo caminho trilhado na rede pelo âmbito da dramaturgia.
No fim, a protagonista fica paraplégica. Mas, a história termina aberta, porque na época havia possibilidades de que o enredo ganhasse continuação, mas seu criador precisou se dedicar à “Ribeirão Do Tempo” (2010) e esse projeto foi esquecido no churrasco.
Já na cadeira de rodas, a protagonista narra as desventuras da carreira como delegada até o ponto onde foi baleada por Nandinho (Ângelo Paes Leme). Quando a história poderia ganhar contornos ainda mais interessantes, com uma Pessoa Com Deficiência no protagonismo forte, a trama não ganhou sequência.
Cinco anos depois, a cadeira de rodas ganharia o devido protagonismo e sem rasas abordagens, com Artur, tipo defendido por Bruno Ferrari em “Vitória”, assinada por Cristiane Fridmann, no último suspiro de dramaturgia na emissora antes da era religiosa.