O Globo Play ganha um protagonismo que não era dele. A partir de junho, sai do ar o VIVA e entra no ar o genérico “Globo Play Novelas”, com maratonas de clássicos e lançamento de duas faixas inéditas, uma delas com “Guerreiros do Sol” no horário nobre.
A marca da emissora carioca, sempre atrelada ao primeiro lugar, sofre um abalo. O canal de reprises estava abandonado há pelo menos cinco anos, mas tinha uma forte identificação com o público.
Os horários de novela, as séries de comédia que serão escanteadas. No passado, até mesmo faixas alternativas de programas como “Mais Você” e “Vídeo Show”, o “Sai de Baixo” antes das tramas…
A relação do público com o VIVA era de amor, fraternidade. Um lugar para recordar as melhores histórias, as grandes paixões da ficção, a simplicidade de um abraço e principalmente: “O que eu fazia na época dessa novela?”.
Oficialmente, a conta do canal nas mídias sociais fala em “evolução”. Quando na prática é uma regressão, iniciada em 2019. Há seis anos, as decisões não são benéficas ao público. Além disso, os cortes em novelas, como o chocante caso de “Bebê A Bordo” (1988), ou as reprises que nunca viram a luz do dia como em “Pecado Capital” (1998) e “Lua Cheia de Amor” (1991).
Mais recentemente, capítulos perdidos de novelas como “Viver A Vida” (2009) e em uma das temporadas de “Malhação”. A Globo é quem melhor cuida do seu acervo e mesmo assim falhas acontecem. Então, o VIVA não acaba agora. Ele tem sido abandonado, cada vez mais, ano após ano. Nesse momento, acontece apenas a oficialização de um processo que se arrasta desde o fim da década passada.