A Globo arrumou uma maneira simples de não nacionalizar a campanha pela prefeitura de São Paulo no seu sinal da parabólica. O canal resolveu criar um informativo no horário nobre, com um compilado de matérias entre a novela das seis e das sete, espaço onde o canal exibia o telejornal local da capital paulista entre os enredos da faixa mais importante do dia.
O “Brasil TV” deve ficar no ar até setembro e caso haja necessidade, ele retorna no segundo turno do pleito. A produção será no Rio de Janeiro, base de criação da primeira colocada nacional. A ancoragem é de Leilane Neubarth, com o material gravado no fim de tarde, para entrar entre duas novelas. A decisão foi tomada para que o público que recebe esse sinal não receba a campanha paulistana.
Na primeira faixa de espaço local, a líder gera um sinal diferente e transmite o “Festival de Desenhos”. Enquanto que na janela matinal está mantido, pelo menos até o momento, a reprodução do “Bom Dia São Paulo” ancorado por Mariana Godoy.
A troca de sinais dentro do horário nobre tem um motivo muito forte, conforme pesquisa aproximadamente 10 milhões de moradias no país tem acesso à parabólica, uma mudança de produto nesse horário vai forçar com que as pessoas busquem informações sobre os candidatos das regiões onde moram. Ainda é preventivo, porque nomes como Marta Suplicy (PT), José Serra (PSDB) e Paulo Maluf (PP) são potenciais candidatos a presidência em 2006.
>> Com informações do jornalista Daniel Castro, em material publicado pela Folha de São Paulo no dia 20 de agosto de 2004
