O presidente Fernando Collor de Mello (PRN-AL) sofre o primeiro processo de impeachment da história do Brasil. Dois anos depois de assumir o mandato, ele foi afastado definitivamente de suas funções, por conta de denúncias que traziam a tona crimes de corrupção.
A situação econômica do país também foi determinante para a saída. O plano econômico, desenhado pela ministra Zélia Cardoso de Mello não funcionou e levou o país a uma crise enorme, causando um colapso no sistema financeiro.
O empresário alagoano foi o primeiro a ser eleito democraticamente, após duas décadas de Ditadura Militar, responsável por um dos capítulos mais tristes da história nacional. Em seu lugar, assumiu o vice Itamar Franco (PMDB – SP) e com ele o plano econômico vigente foi formulado e colocado em prática.
Collor foi afastado do Poder Executivo em 29 de dezembro de 1992, data histórica ao país. Mas, nesse mesmo dia, ele dividia o protagonismo do noticiário com a morte da atriz Daniela Perez, que vivia uma personagem importante na novela “De Corpo E Alma” assinada pela mãe, Glória.
O governo foi duramente criticado na dramaturgia, ainda em seus primeiros meses com “Meu Bem Meu Mal” (1990), usando as personagens de Zilda Cardoso e Jorge Dória para falar sobre aposentadorias ruins. No mesmo ano, a crise econômica foi pano de fundo para Silvio De Abreu em “A Rainha da Sucata”.
Em uma sonora votação, a Câmara dos Deputados decidiu que Collor seria retirado de suas funções. Ao todo, foram 441 pareceres favoráveis ao processo de impeachment, que foi confirmado depois dentro do Senado Federal pelo placar de 58 votos.
>> Com informações da Folha de São Paulo, em arquivo rememorado no dia 29 de dezembro de 2022
